Como a crioterapia pode ajudar na recuperação dos cavalos atletas?

Introdução 

A crioterapia é a utilização de qualquer substância que promova a retirada de calor do corpo, gerando assim, a redução da temperatura tecidual, com finalidades terapêuticas (Faleiros e Soares, 2007). Essa é uma técnica muito utilizada em medicina esportiva, principalmente no tratamento da dor em lesões musculoesqueléticas recentes (Santos, 2000; Guimarães, 2006; Cavalcante, 2007; Faleiros e Soares, 2007). 

Principais Objetivos

O principal objetivo da crioterapia é proporcionar condições teciduais ótimas para a reparação da estrutura lesionada. Em equinos, sua utilização é principalmente na recuperação das lesões de tecidos moles decorrentes da prática esportiva como tendinites, desmites, artrites e rupturas musculares. Ela pode ser utilizada também na prevenção de lesões causadas por esforço repetitivo quando aplicada imediatamente após o exercício. Os três principais efeitos da crioterapia são: analgesia, hipometabolismo tecidual e resposta vascular. Possui ação direta nos nervos periféricos diminuindo a velocidade de condução e dessa forma aumentando o limiar de resposta ao estímulo doloroso (Pollit et al., 2004).

A terapia com o gelo leva à vasoconstrição de forma reflexa, por meio do sistema nervoso autônomo e controle hormonal local, e com isso tem o objetivo de minimizar a perda de calor corporal (Faleiros e Soares, 2007). Esse efeito protege o endotélio vascular na área lesada, reduzindo a formação de edema e hemorragia (Cavalcante, 2007; Faleiros e Soares, 2004).

Crioterapia por Imersão em Água e Gelo

A imersão total é indicada em casos onde há o desejo de resfriamento de toda a superfície de uma extremidade distal (Harrelson et al., 2000). Tal terapia pode ser realizada por períodos de 24-48 horas sem ocorrer danos no animal , porém recomenda-se não exceder o tempo de 30 minutos por sessão que pode ser repetida em intervalos de 2 horas (Cavalcante, 2007).

Quando não deve ser utilizada?

A crioterapia é contra indicada em casos em que a pele está anestesiada, em casos de suspeita de fratura, na insuficiência circulatória periférica e necrose (Guimarães, 2006; Cavalcante, 2007).